Cirurgia íntima: quebrando tabus
A procura pela cirurgia plástica vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, ocupando o Brasil a segunda colocação em número de cirurgias estéticas no mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Já em relação à cirurgia íntima, o Brasil é o primeiro colocado, superando os Estados Unidos em quase o dobro de procedimentos realizados nos últimos dois anos (dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery).
O termo cirurgia íntima engloba todos os procedimentos que podem ser realizados na região genital feminina, a fim de proporcionar satisfação e conforto à paciente, seja no aspecto visual bem como nos aspectos funcional e sexual. Desta forma, a importância desta área não se restringe apenas a questões estéticas, afinal, os resultados determinam uma melhora tanto na autoestima quanto na segurança sexual das pacientes.
Muitos acreditam que a cirurgia íntima se resuma à redução dos pequenos lábios (labioplastia ou ninfoplastia), ou que se trata da cirurgia da reconstrução do hímen (''cirurgia da virgindade"). Em realidade, a cirurgia íntima busca tratar o órgão genital feminino de maneira global, pois raramente as alterações anatômicas de determinadas estruturas, como os pequenos lábios, por exemplo, ocorrem de maneira isolada. Devido a isto, uma avaliação criteriosa realizada pelo especialista em cirurgia íntima é fundamental para a correta definição da conduta a ser executada para cada paciente.
A procura por este tipo de procedimento costuma ocorrer inicialmente devido às características genéticas das pacientes, que se revelam na puberdade; ou durante a sua iniciação sexual, momento no qual a mulher começa a desenvolver a curiosidade em relação à sua genitália e um pudor em relação à sua imagem perante seu parceiro. Outro momento em que as mulheres voltam seus olhares para a região íntima ocorre já na maturidade. Seja devido à gestação, ao avançar da idade, à obesidade ou à perda de peso abrupta (dieta rigorosa ou cirurgia da obesidade), ou até mesmo com a chegada da menopausa.
As alterações determinadas por estes fatores na região íntima são passíveis de tratamento cirúrgico, não cirúrgico, ou mesmo de um tratamento combinado. Atualmente, devido à facilidade de acesso à informação, a mulher acaba inevitavelmente estabelecendo graus de comparação entre o que vê, definindo para si um parâmetro estético particular, o que ocorre também em relação às suas partes íntimas, elevando o seu nível de exigência na busca pelo completo bem-estar corporal.
A cirurgia íntima pode ser realizada sob anestesia local, com liberação logo após o procedimento, sem a necessidade de internação hospitalar, como ocorre geralmente nas correções de pequenos lábios. Quando os procedimentos apresentam um grau maior de complexidade ou quando são associados a outras cirurgias plásticas, podem ser realizados com sedação e anestesia peridural ou raquidiana e alta hospitalar no dia seguinte.
O pós-operatório é praticamente indolor, transcorrendo de forma simples e tranquila, geralmente requerendo somente cuidados locais. O rol de técnicas e procedimentos necessários para o tratamento adequado de cada caso em sua plenitude faz parte do arsenal terapêutico do profissional que se dedica ao universo desta delicada região da anatomia feminina. Ficou curiosa? Agende sua avaliação!